terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vivência profissional em destaque

O início da 1ª Semana Catarinense de Jornalismo da Estácio foi dedicado às experiências vividas por ex-alunos do curso. Alissa Azambuja, Gilson Giehl e Fernanda Garcez apresentaram aos acadêmicos de segunda a sexta fase um pouco do trabalho desenvolvido em suas áreas de atuação: TV, produção de documentários e assessoria de imprensa, respectivamente. O evento foi realizado na parte da manhã, na sala 3305 do campus em São José.



Formada em 2006, Alissa iniciou a palestra comentando sua paixão pela internet, na qual se baseou para dar forma ao site desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Após alguns estágios, a jornalista resolveu passar uma temporada nos EUA, via intercâmbio. A falta de informações sobre a atividade deu tom para que criasse um site sobre a prática da viagem a negócios, estudos ou lazer para o país norte-americano.


Trabalhando atualmente na TV COM, a produtora deu dicas sobre a importância da proatividade dentro do ambiente de trabalho. “Não é porque trabalho como produtora que não posso ter curiosidade e disponibilidade para trabalhos com reportagem. Já fiz coberturas jornalísticas para o jornal da TV COM sobre diversos temas, como a fuga do cadeião do Estreito e as enchentes no Vale do Itajaí. E todas agregaram bastante conhecimento para minha formação”, afirma.

O Perfil empreendedor conta na profissão

Iniciativa e vontade própria marcaram a trajetória profissional de Fernanda Garcez. A jornalista já atuava no ramo de assessoria de imprensa, antes de entrar para a faculdade de jornalismo. Em busca do diploma, Fernanda relatou que durante o período da academia agregou mais conhecimento em sua formação, principalmente nas aulas sobre empreendedorismo. E relata: “Trabalhava em assessoria voltada para esporte de ação e fazia várias pautas, mas não ficava com o crédito do trabalho. Então, resolvi montar minha própria assessoria, enveredando para o ramo de gastronomia, no qual atuo até hoje. Assim, o perfil empreendedor conta na profissão.”



Outro ponto enfatizado pela assessora é a construção de relacionamento profissional dentro da própria instituição de ensino. “As amizades criadas dentro da faculdade viabilizam futuros contatos profissionais depois do curso. Então, é preciso saber lidar com as pessoas e criar contatos importantes”, declara.



Cineasta formado com pouco mais de 22 anos de idade, Gilson Giehl ficou 15 anos sem estudar quando resolveu fazer jornalismo. Desejava incrementar a produção cinematográfica com uma linha mais jornalística. “Viajei por meio mundo produzindo documentários internacionais, mas como o ramo não era muito rentável, abri um restaurante. Fiquei um tempo sem estudar, quando resolvi partir para o jornalismo e me dediquei bastante às disciplinas, principalmente às humanísticas, como Antropologia, Sociologia, que formam a parte crítica do profissional”,
Hoje, aos 47 anos, o jornalista relata a dificuldade em encontrar vaga no mercado de trabalho devido à idade. “Participei de uma seleção de emprego para um jornal impresso em que o único homem era eu. Além disso, as demais candidatas eram mulheres na faixa etária entre 20 e 25 anos. Ouvi claramente quando o diretor do jornal informou a um subordinado responsável pela seleção que eu não precisava continuar o processo porque era velho para trabalhar no ramo”, revela.



Apesar do episódio, Giehl seguiu em frente e uniu a experiência adquirida na academia à produção de documentários jornalísticos, tanto para clientes externos quanto para planos independentes, contando com o auxilio financeiro de entidades como a Fundação Catarinense de Cultura. Para a instituição, o cineasta produziu um documentário para o Projeto Shakespeare nas escolas, no qual alunos da rede pública de ensino encenam peças do teatrólogo no ambiente escolar.

Amanhã (28), a partir das 19h, os participantes da 1ª Semana Catarinense de Jornalismo poderão conferir mais uma rodada de depoimentos profissionais com os jornalistas Davi Paes e Lima, Adriana Krauss, Cassiano Ferraz, Antonio Zanella e Graziane Ubiali. Os encontros ocorrem na sala 3305, 3º andar no campus em São José.

Texto: Samira Moratti
Fotos: Eduardo Nascimento

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