quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Diploma é tema de último debate


Para fechar a Semana Catarinense de jornalismo, nada melhor do que a discussão do momento: diploma de jornalista. O convidado da vez foi o presidente da Federação Nacional de Jornalistas Sérgio Murilo de Andrade. O Presidente é formado em jornalismo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) , estava, ao lado de Paulo Scarduelli, na equipe de lançamento do jornal Diário Catarinense e já foi duas vezes Presidente do Sindicato dos jornalistas de Santa Catarina e agora cumpre o segundo mandato na FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas).

O primeiro assunto foram as dificuldades que um sindicato enfrenta. “Os funcionários são vistos como bandidos e encrenqueiros que ficam bebendo uísque à custa dos outros”, destaca. No entanto, isso é mito. Segundo Andrade, só quem trabalha em determinada profissão percebe o quão é importante um sindicato ou conselho. “Se o empresário que contrata o jornalista quebrar, o Sindicato vai junto”, acrescenta. 

Hoje, no Brasil, existem 31 Sindicatos de jornalistas. Um para cada estado e mais quatro. Somando os jornalistas filiados, tem-se um total de 40 mil pessoas, e acredita-se que haja aproximadamente mais 30 mil jornalistas, formados ou não, que não são associados aos sindicatos.

Na oportunidade, Sérgio Murilo mostrou a platéia um anúncio encontrado no site Google, que oferecia um curso rápido de jornalismo por R$ 40 e questionou se quando alguém vai ao dentista, procura um que não tenha formação por ser mais barato, ou até mesmo um advogado. “Pelo contrário, se um pai, por mais pobre que seja, vai matricular um filho, procura uma escola que tenha professores formados e podem educar muito bem a criança. Se um professor, que cuida de 40 crianças precisa ter conhecimento e ser formado, o que dizer de um jornalista que escreve para milhões de pessoas?”, argumenta.

Um ponto positivo, é que os empresários continuam contratando jornalistas com diploma, porque o público desse empresário tem a consciência de que é preciso um diploma. “Na redação não há um “talentômetro” que define se alguém sem diploma é bom ou não”, enfatiza.

Outro caso apresentado por Sérgio Murilo é a questão de um radialista analfabeto que quer a carteira de jornalista porque o patrão o contratou como jornalista e acredita que ele seja. “Esse talvez seja o sonho de consumo de muitos empresários, a continuidade da não obrigatoriedade do diploma e nenhuma outra regra, para que possam fazer o que bem entenderem”, comenta. Sérgio disse ainda que “o principal prejudicado é o cidadão brasileiro, que não vai ter notícias de qualidade”, lamenta.

Segundo Murilo, o próprio Ministério do Trabalho se confunde com a lei presente na constituição brasileira que deixa clara a liberdade de expressão, mas não consegue perceber que isso existe mesmo com o diploma, tomando, por exemplo, os formadores de opinião como economistas que tem um espaço no jornal sem precisarem de diploma jornalístico.

O jornalista acredita que do jeito que estava, poderia continuar e dar certo sem precisar de um conselho de jornalismo. “O modelo que temos no Brasil é o melhor para nossa situação, não quero fazer como na Inglaterra onde que decide quem entra na redação é o presidente da Federação”, salienta. Murilo acrescenta que o que falta são escolas de qualidade para formar bons profissionais.

Para finalizar, o jornalista fez um apelo aos estudantes e jornalistas para que se mobilizem para, juntos, mudarmos a situação. Os responsáveis pela profissionalização do Jornalismo é o ensino, são as escolas”. Segundo ele o investimento na profissão foi desprezado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao aprovar a não exigência do diploma.

Um projeto que requer a obrigatoriedade do diploma pode ser votado ainda hoje pela Comissão de Constituição de justiça e Cidadania da Câmara.


Texto: Ana Brambilla e Leila Martins
Foto: Thiago Marthendal

sábado, 31 de outubro de 2009

Diário Catarinense terá projeto gráfico reformulado

Quem acompanhou a palestra de Nilson Vargas nesta quinta -feira,(29) pode conferir em primeira mão a mudança que vai acontecer no Diário Catarinense. A nova cara do jornal elimina fios da capa, além de sacadas gráficas nos editoriais, menos tempo e mais informções, reestruturou a redação e trocou posições de editores. O Diário Catarinense deverá ser mais eclético.Esse novo modelo pretende ser mais humano,não esquecendo das questões que precisam ser mostradas para o leitor a respeito da política e economia de forma clara e sem máscaras. Provavelmente esse novo projeto será lançado em novembro. o objetivo é fazer que as pessoas contem mais com o jornal. Além disso o Grupo RBS TV tem futuros planos para incluir blogs, uma possibilidade que está sendo analisada.

Nilson Vargas é formado em Jornalismo pela UFSM, com especialização em Teoria da Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo. Trabalhou na área de assessoria e consultoria de comunicação empresarial, atendendo empresas como Cônsul, Brastemp, Natura e Tubos Tigre. Foi Editor Executivo da Revista Amanhã - Economia e Negócios. Na Revista Veja, foi Sub-Editor de Economia e Negócios e Editor para as áreas de Internet e Economia, até abril de 2002. Integrou a equipe que desenvolveu o projeto gráfico e editorial do Jornal Diário de Santa Maria, onde tornou-se Editor-Chefe.Em sua vasta experiência em 2006 também trabalhou no Jornal A Notícia, em Joinville, Santa Catarina e por um ano trabalhou no Jornal  Zero Hora, Porto Alegre. Atualmente é Editor - Chefe do Diário Caterinense desde Junho de 2009.

Nilson diz que jornalista é que nem obstetra, pois uma crainça não tem hora para nascer, pode chegar as dez horas da manhã como de madrugada e assim são os fatos diários, não tem hora para acontecer, por isso o jornalista pode ser chamado a qualquer hora para uma redação assim  como o obstetra para a maternidade.

No decorrer dessa trajetória ele viveu muitas situações desse tipo, como o caso do Atentado de 11 de Setembro.Nessa época ele residia em São Paulo, tinha acabado de acordar estava tomando banho quando o editor da Revista Veja chamou todos para uma reunião. Ele ficou no predio da Editora Abril por 72 horas direto,  saia somente  para comer alguma coisa.  Montaram toda uma estrutura para cobrir o atentado, criaram  um e mail estrangeiro para os parentes das vítimas se comunicarem.

O jornalismo é insano, uma insanidade, o jornalista tem que saber tudo e fazer tudo, onde estou quero term informação. Temos que gostar do que fizemos e pensar que todo dia vai ser diferente.Das quatro coisas mais importantes na nossa vida uma delas é o trabalho,como se fosse um pilar, por isso executar uma atividade com prazer é muito satisfatório,afirma Nilson.

Essa troca de experiência entre Nilson, os estudantes e professores presentes foi muito satisfatória, o palestrante falou a linguagem dos estudantes e entre risos disse que tem muita saudade dos tempos de faculdade, uma das melhores épocas de sua vida.

"Não concordo que a queda do diploma vai acabar com o curso. Pois somente quem quer ser jornalista que faz Jornalismo", comenta Nilson.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mídias alternativas

O último debate matutino da 1ª Semana Catarinense de Jornalismo foi realizado hoje às 10h na sala 3305 da Estácio de Sá.

Na mesa, intermediada pelo professor de Internet e Mídia Digital Rogério Mosimann, estavam os jornalistas e donos de seus próprios negócios de comunicação Mariana Baima, Jurandir Camargo e Rodrigo Lóssio que conversaram e responderam perguntas dos alunos sobre mídias alternativas.

Mariana Baima é proprietária da empresa de assessoria de imprensa Primeira Via que atua em Santa Catarina, principalmente em Florianópolis, Blumenau e Balneário Camboriú. Ela disse que acima de qualquer coisa, assim como um jornalista de outros meios, um assessor tem que ter um faro muito forte para a notícia, pois o cliente pode não saber o que é pode ser divulgado. Além disso, ela costuma negar trabalhos para empresas que ela não se identifique com o segmento. “Você tem que entender bem o negócio do cliente”, explicou. Normalmente Marina prefere empresas do ramo de economia e varejo, mas abre exceções, como para Intercultural e o Instituto Cultura Bom de Bola.

Para ela uma dificuldade é fazer com que o cliente entenda que espaço editorial não é comprado como o publicitário e que às vezes ele não terá a notícia emplacada na mídia.

Sobre o mercado da assessoria, Mariana afirmou que sempre há novas vagas, pois além de ser uma área que está em constante crescimento muitos jornalistas não são capacitados para este ramo da profissão. “Você tem que ser completo. Ser o pauteiro, o repórter e o editor”, comentou a empresária.

Baima também ressaltou a importância de se pesquisar muito a trajetória de uma empresa oupessoa antes de se começar a trabalhar com ela, porque este possível cliente pode ter o costume de se envolver em problemas e, neste caso, o assessor acaba tendo a imagem queimada.
Rodrigo Lóssio é formado pela Universidade Federal de Santa Catarina há três anos e hoje presta assessoria de imprensa para empresas de tecnologia e inovação e também mantém um blog, o TISC, com o mesmo tema.

Trabalhando no ramo de assessoria desde que terminou a faculdade, Lóssio confessou que sente falta de ter trabalhado em uma redação e que considera muito importante que um jornalista passe por todos os tipos de mídia. “Não é um pré-requisito ter passado por uma redação, mas conhecer bem todos os meios sim”, declarou o assessor.

Ele também disse que a internet é uma grande ferramenta para as empresas, pois através dela podem se comunicar diretamente com o cliente, ao contrário da TV e do rádio.

Rodrigo crê que os blogs são uma boa ferramenta para estudantes de jornalismo que querem trabalhar com internet poderem experimentar, além de que mais tarde estes blogs podem se tornar um portfólio do acadêmico.

Jurandir Camargo não tem diploma de jornalista, mas atua na área há 35 anos. Já trabalhou em TV, rádio, documentários, assessoria de imprensa e jornais nos estados da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Foi censurado pelos militares e teve que se esconder quando trabalhou no jornal alternativo Boca do Inferno, cobriu a Novembrada e fez um jornal bilíngüe na fronteira do Brasil com o Uruguai. Hoje trabalha de terça a sexta-feira ao meio-dia como editor do jornal Correio de Santa Catarina.

Mesmo com todo esse currículo ele garante que trabalhar em um jornal pequeno e viver na sombra dos grandes veículos é uma tarefa difícil. “É Como matar um boi a cada dia. Você tem que escrever, divulgar, distribuir e tudo mais”. Comentou o veterano da mesa.

Sobre a internet como ferramenta jornalística, Jurandir declarou que é um meio de comunicação que dá poder de voz a todos. “É uma mídia que está se abrindo para os jornalistas e para toda a torcida do Flamengo”, brincou o editor.

A próxima palestra da Semana Catarinense de Jornalismo será na terça-feira, dia 3 de novembro, ás 19h no auditório da Faculdade. O convidado da noite é o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

o Notícias do Dia de Luís Meneghim

As atividades da 1ª semana Catarinense de Jornalismo da Estácio de Sá começaram com uma bela História nesta quinta-feira, 29/10. Na narrativa do professor Sérgio Bello, a estória do “lenhador e sua esposa fofoqueira” deu passagem a fala do jornalista há mais de 30 anos e diretor de redação do jornal Notícias do Dia, Luis Meneghim. Em sua apresentação, Meneghim falou sobre o crescimento do periódico, pautas, regionalização do jornalismo, números de exemplares e abrangência.

Em um primeiro momento Meneghim lembrou de sua carreira, desde o curso de jornalismo e o rompimento para fazer publicidade. Meneghim recordou também sua entrada no jornal O Estado em 1976, e situou suas experiências através da vivência com gráfica de chumbo, as máquinas de escrever e a impressão em off-set até chegar a parceria com o grupo de comunicação RIC RECORD, onde atualmente responde pelo jornal Notícias do Dia.



De acordo com o diretor de redação, o jornal, que completa três anos no próximo dia seis, aposta em uma mídia popularizada e regional. Hoje, das diversas emissoras da RIC RECORD, distribuídas pelo estado de Santa Catarina, o impresso Notícias do Dia possui uma sede em seis delas, de maneira que cada redação ocupa oito páginas do jornal com notícias especificas daquela cidade. Se nessas cidades acontecer algo relevante, a matéria entra no jornal de distribuição estadual. Meneghim ressalta que as intenções do grupo é de em breve, ampliar essas redações, assim alcançar todas as emissoras da RIC no Estado de Santa Catarina.

Outro ponto discutido, foi a concorrência. Meneghim acredita que o Notícias do Dia deu certo, porque nenhum outro jornal fala diretamente a determinada cidade. O jornalista observou ainda, que há muitas diferença entre duas cidades vizinhas, e por isso, cada uma precisa de um jornal focado na sua cidade. “Nossa idéia é ser local, não genérico”, comenta. Sobre a venda de anúncios em jornais focados, ele afirma que por ser um jornal local, o comerciante pequeno pode anunciar, e vai ser lido pelas pessoas do seu bairro, que vão comprar naquele estabelecimento. E destaca que como parte também dessa regionalização os jornalistas e colunistas que escrevem para o jornal, moram nas cidades.



Outro ponto forte do jornal é a aproximação com os leitores, que acabam se tornando pauteiros. “Não recebemos uma procuração do leitor, mas estamos autorizados a representá-los”, enfatiza Meneghim. Para fortificar essa relação, freqüentemente o jornal promove encontros com, por exemplo, líderes de bairros, para discutir o que eles gostariam que fosse anunciado.

Além das discussões sobre conteúdo e abrangência e reconhecimento público, Meneghim falou ainda sobre a evolução da logo, e mencionou as quatro experiências que que o jornall sofreu ao longo de suas adaptações. De acordo com ele, o a equipe Notícias do Dia está sempre dispostas às mudanças que buscam melhorar a marca e tornar reconhecida. O mais novo projeto do jornal, que é a criaçã de um site do jornal que digitalize os conteúdos. Entre os outros assuntos debatidos por Meneghim durante a palestra, ele falou de sensacionalismos e quesões éticas jornalisticas.


Texto: Ana Brambila e Fabiane Berlese
Fotos: Fabiane Berlese

Davi Paes e Lima disponibiliza vaga de estágio

Com diversas autoridades na mesa, Davi Paes e Lima falou sobre o seu trabalho com tranquilidade.

Na noite de abertura e com presenças ilustres como Adriana Kraus (do grupo RBS) que comentou sobre suas dificuldades no começo da carreira e a ex-acadêmica Graziane Ubiali que falou sobre o TCC que fez sobre a Lei Maria da Penha, Davi Paes e Lima comentou sobre seu trabalho de assessoria de imprensa, principalmente para a revista House Mag voltada para a música eletrônica que vem crescendo no estado.

Ao finalizar os comentários sobre suas experiências, Davi disse aos acadêmicos e professores que assistiam ao encontro, que a House Mag, está disponibilizando uma vaga de estágio para pessoas com as seguintes qualificações:

Preferencialmente ser mulher.

Pessoas que tenham notebook próprio.

Fale inglês fluentemente.

Tenha disponibilidade para trabalhar no horário entre 13 horas e 19 horas.

Para mais informações entre em contato com: Revista House Mag.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Troca de experiências

A primeira noite da Semana de Jornalismo teve início dia 28 de outubro.O evento foi realizado no Auditório da Faculdade Estácio de Sá e o coordenador Paulo Scarduelli comentou sobre a importância do curso. A mesa foi composta pelos egressos Adriana Krauss, Davi Paes, Cassiano Ferraz, Antonio Zanella e Graziane Ubiali, que dividiram suas experiências profissionais com os alunos e professores presentes, também contamos com a presença do professor e contador de histórias Sérgio Belo, que encantou a todos os presentes contando a história mais longa do mundo.

Adriana Krauss, 31 anos atua na área do Jornalismo desde os 19, aprendeu na prática, pois na época era acadêmica de Letras Português/Inglês na FURB Blumenau e iniciou o curso de Jornalismo na
 Faculdade Estácio de Sá alguns anos depois, hoje é repórter da RBS TV.Para ela um jornalista tem que acima de tudo ler muito e estar sempre em contato com novas experiências, pois a tecnologia está cada vez mais a frente e não podemos parar nunca, Tem como grandes exemplos de grandes jornalistas brasileiros Marcelo Canelas e Sônia Bridi. Acredita que tem espaço para todos.

Cassiano Ferraz foi incentivado por um primo e a começar a faculdade de Jornalismo, na época era técnico de eletrônica e trabalhava no Banco do Brasil. A vontade de sair do país para buscar novas experiências levou Cassiano a trancar a faculdade por um tempo e embarcar para a Espanha realizar um curso de fotografias. Participou do Clube da Luta, recebeu convite da Assessoria de Imprensa da Atlântida para fazer fotos dos bastidores e do palco do Planeta Atlântida, foi “free” do Site Cazuca e atualmente é fotógrafo do mesmo.

Antonio Zanella, formado ano passado apresentou o documentário “Uma luz no fim do tubo” que foi passada a história de Elias Diel, um surfista cego. Com esse documentário Antonio recebeu o Prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema Aventura e Turismo de São Paulo. Por ter trabalhado muito tempo com edição de imagem acredita que terá um pouco de dificuldade em atuar em outras áreas, por isso incentiva seus futuros colegas de profissão a buscarem estágios em diversas áreas. Ele acredita que um jornalista entre tantos idiomas, no mínimo tem falar Inglês fluentemente.

Davi Paes foi colunista do Site Bem na Foto, apresentou um quadro na TV São José onde fazia agenda cultural, foi Promoter em casas noturnas e atualmente é editor – chefe da Revista House Mag.Jornalista experiente, Davi aconselha que os estudantes procurem trabalhar naquilo que realmente sentem prazer, unindo o útil ao agradável, transformando em renda financeira um hobby.

Graziane Ubiali atualmente assessora de imprensa da Undime ( Associação dos dirigentes Municipais da Educação de Santa Catarina ), não sentiu dificuldade de atuar na área da comunicação,pois durante a faculdade realizou estágio na área.Escolheu como tema de Trabalho de Conclusão de Curso o tema “Lei Maria da Penha’, esse lhe trouxe frutos de melhor TCC da turma.Para ela um jornalista tem que estudar, acredita que aproveitou muito a faculdade, pois na verdade não tinha antipatia por nenhuma matéria.Hoje tudo o que ela produz profissionalmente vem da prática exercida na faculdade.

Os egressos responderam perguntas de professores e alunos presentes e opinaram sobre grades que deveriam aumentar ou diminuir no currículo. Entre as opiniões a mais citada entre todos foi o aumento da grade para Língua Portuguesa e acrescentar na idiomas, principalmente o inglês.
As pessoas que colaboraram com perguntas foram presenteadas com um livro da Faculdade Estácio de Sá.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vivência profissional em destaque

O início da 1ª Semana Catarinense de Jornalismo da Estácio foi dedicado às experiências vividas por ex-alunos do curso. Alissa Azambuja, Gilson Giehl e Fernanda Garcez apresentaram aos acadêmicos de segunda a sexta fase um pouco do trabalho desenvolvido em suas áreas de atuação: TV, produção de documentários e assessoria de imprensa, respectivamente. O evento foi realizado na parte da manhã, na sala 3305 do campus em São José.



Formada em 2006, Alissa iniciou a palestra comentando sua paixão pela internet, na qual se baseou para dar forma ao site desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Após alguns estágios, a jornalista resolveu passar uma temporada nos EUA, via intercâmbio. A falta de informações sobre a atividade deu tom para que criasse um site sobre a prática da viagem a negócios, estudos ou lazer para o país norte-americano.


Trabalhando atualmente na TV COM, a produtora deu dicas sobre a importância da proatividade dentro do ambiente de trabalho. “Não é porque trabalho como produtora que não posso ter curiosidade e disponibilidade para trabalhos com reportagem. Já fiz coberturas jornalísticas para o jornal da TV COM sobre diversos temas, como a fuga do cadeião do Estreito e as enchentes no Vale do Itajaí. E todas agregaram bastante conhecimento para minha formação”, afirma.

O Perfil empreendedor conta na profissão

Iniciativa e vontade própria marcaram a trajetória profissional de Fernanda Garcez. A jornalista já atuava no ramo de assessoria de imprensa, antes de entrar para a faculdade de jornalismo. Em busca do diploma, Fernanda relatou que durante o período da academia agregou mais conhecimento em sua formação, principalmente nas aulas sobre empreendedorismo. E relata: “Trabalhava em assessoria voltada para esporte de ação e fazia várias pautas, mas não ficava com o crédito do trabalho. Então, resolvi montar minha própria assessoria, enveredando para o ramo de gastronomia, no qual atuo até hoje. Assim, o perfil empreendedor conta na profissão.”



Outro ponto enfatizado pela assessora é a construção de relacionamento profissional dentro da própria instituição de ensino. “As amizades criadas dentro da faculdade viabilizam futuros contatos profissionais depois do curso. Então, é preciso saber lidar com as pessoas e criar contatos importantes”, declara.



Cineasta formado com pouco mais de 22 anos de idade, Gilson Giehl ficou 15 anos sem estudar quando resolveu fazer jornalismo. Desejava incrementar a produção cinematográfica com uma linha mais jornalística. “Viajei por meio mundo produzindo documentários internacionais, mas como o ramo não era muito rentável, abri um restaurante. Fiquei um tempo sem estudar, quando resolvi partir para o jornalismo e me dediquei bastante às disciplinas, principalmente às humanísticas, como Antropologia, Sociologia, que formam a parte crítica do profissional”,
Hoje, aos 47 anos, o jornalista relata a dificuldade em encontrar vaga no mercado de trabalho devido à idade. “Participei de uma seleção de emprego para um jornal impresso em que o único homem era eu. Além disso, as demais candidatas eram mulheres na faixa etária entre 20 e 25 anos. Ouvi claramente quando o diretor do jornal informou a um subordinado responsável pela seleção que eu não precisava continuar o processo porque era velho para trabalhar no ramo”, revela.



Apesar do episódio, Giehl seguiu em frente e uniu a experiência adquirida na academia à produção de documentários jornalísticos, tanto para clientes externos quanto para planos independentes, contando com o auxilio financeiro de entidades como a Fundação Catarinense de Cultura. Para a instituição, o cineasta produziu um documentário para o Projeto Shakespeare nas escolas, no qual alunos da rede pública de ensino encenam peças do teatrólogo no ambiente escolar.

Amanhã (28), a partir das 19h, os participantes da 1ª Semana Catarinense de Jornalismo poderão conferir mais uma rodada de depoimentos profissionais com os jornalistas Davi Paes e Lima, Adriana Krauss, Cassiano Ferraz, Antonio Zanella e Graziane Ubiali. Os encontros ocorrem na sala 3305, 3º andar no campus em São José.

Texto: Samira Moratti
Fotos: Eduardo Nascimento